Elementos da Imagem e Modelos de Cor

Pixel

     A palavra pixel é oriunda da junção dos termos picture e element, formando a expressão elemento de imagem. Ao visualizarmos uma imagem com alto índice de aproximação ,é possível identificar pequenos quadrados coloridos nela, que, somados, formam o desenho completo.

    Esses pontos, que são a menor parte de uma imagem, levam o nome de pixels. A partir da noção do pixel como uma medida da qualidade das imagens, foi propagado o termo “resolução” para atribuir quantos pixels em altura e largura uma foto tem.


Então para começar, o que é Resolução de imagem?

    Resumidamente, todas as telas digitais utilizam três pontos (chamados de dots) que emitem as luzes verde, vermelha e azul, para que juntas consigam formar as milhares de cores desejadas. A união destes três pontos é responsável pela formação do famoso pixel, e a união dos pixels forma a imagem que iremos ver.

    E o que a resolução tem a ver com isso? Tudo, pois resolução é a indicação da quantidade de pixels inseridos em uma determinada imagem.

    Por exemplo: uma tela FULL HD possui uma resolução de 2.073.600 pixels, 2 Megapixels ou 1920 pixels de largura x 1080 pixels de altura.



Profundidade de cor, o que é?

    
    A profundidade da cor é um termo da computação gráfica que descreve a quantidade de bits usados para representar a cor de um único pixel numa imagem bitmap. Este conceito é conhecido também como bits por pixel (bpp), particularmente quando especificado junto com o número de bits usados. Quanto maior a quantidade da profundidade da cor presente na imagem, maior é a escala de cores disponível.


Fig.1 - Diferenças de profundidade de cor



Tamanho de uma imagem/ficheiro


    O tamanho do arquivo de uma imagem corresponde ao tamanho digital do arquivo de imagem, medido em kilobytes (K), megabytes (MB) ou gigabytes (GB). O tamanho do arquivo é proporcional às dimensões em pixels da imagem. Imagens com um número maior de pixels podem reproduzir mais detalhes em um determinado tamanho impresso, mas exigem mais espaço em disco para armazenamento e podem ser mais lentas na edição e impressão. Consequentemente, a resolução da imagem torna-se um ajuste entre a qualidade da imagem (capturando todos os dados necessários) e o tamanho do arquivo.





Fig.2 - Representação do modelo RGB



Modelo RGB

    Este modelo tem como base os estudos da visão colorida tricromática de Young Helmholtz. É um modelo aditivo, ou seja as novas cores são formadas pela junção de diferentes quantidades de cada uma das cores iniciais, encarnado (Red), verde (Green) e azul (Blue). Aliás a própria nomenclatura deste modelo “RGB” provem destas três cores iniciais, que por definição são cores que não sofrem qualquer mistura.



    Um sistema digital através deste modelo consegue ilustrar esta mistura de cores, de forma a que sejam criadas cores com muita especificidade. Para tal, este modelo utiliza um código, em que cada uma das cores pode ser representada por bases diferentes.

Onde se aplica:
   Este modelo está ,normalmente, associado a monitores e a televisões: funcionam simplesmente através da emissão das cores primarias e o nosso cérebro interpreta os comprimentos da onda de luz, destas cores, que vão gerar milhões de cores.




 Modelo CMYK
   Este modelo foi criado a partir do modelo CMY, apenas com uma pequena alteração: o acréscimo da cor preta. Através da designação deste modelo CMY, observamos que as cores são obtidas através da combinação das três cores primárias ciano (Cyan), magenta (Magenta) e amarelo (Yellow). Já o modelo CMYK, ilustra exactamente o mesmo princípio, mas com a junção da cor preta (blacK).

Fig.3 - Representação do modelo CMYK

   Já que o modelo CMYK, provem do modelo mais simplista CMY, podemos explicar este de menor complexidade para uma maior facilidade de compreensão, pois o que se aplica para um, também se aplica para o outro. Ambos os modelos em questão, baseiam-se na forma de como ocorre, na Natureza, a criação de cores, ou seja a partir da reflexão e da absorção da luz do espectro. Assim, o modelo CMY é classificado como um modelo subtractivo, visto que as cores são criadas a partir da redução de outras, com base na luz que incide na superfície de um objecto.

   A cor preta foi adicionada ao modelo clássico, por ser mais prático e mais fácil a sua obtenção quando impressa no papel, do que a partir de mistura de cores e também porque realça melhor os tons de preto e cinza. 

Onde se aplica:
   Como já foi referido anteriormente a cor preta foi adicionada ao modelo CMY por uma questão de facilidade na impressão em papel, sendo por isso a sua maior aplicação esta mesma tarefa: impressão em papel. Esta impressão com o uso deste modelo é realizada a partir da sobreposição de camadas de tintas das quatro cores que compõem este modelo. Assim os espaços que estão em branco mostram e indicam a inexistência de pigmentos e, opostamente, os espaços escuros mostram uma concentração de tinta.

Fig.4 - Impressão em papel
NOTA: Os sistemas RGB e CMYK estão relacionados, visto que as cores primárias de um são os secundários do outro, ou seja as cores primárias do modelo CMY, são as cores secundárias do RGB e vice-versa (as cores primárias de RGB são as cores secundárias do CMY).



Modelo HSV
   Este modelo foi criado por Alvy Smith, em 1978 e pode ser definido como uma transformação não-linear do modelo RGB. Pode ser classificado como um modelo intuitivo, baseando-se em grandezas perceptuais. A sigla HSV, remete-nos para três padrões, tom, saturação e valor- Hue, Saturation e Value. Também pode ser designado através de uma outra sigla HSB, em que muda apenas a última letra, já que nos remete para o brilho (Brightness).


· Tom: Este parâmetro têm como função verificar o tipo de cor, podendo atingir uma variação de valores entre os 0 e os 360, mas mais casualmente utiliza-se valores entre os 0% e os 100%, sendo esta actividade controlada pela posição angular de um ponteiro numa roda de cores definida pelos valores acima referidos. De acordo com os diferentes valores podemos ter três cores, vermelho amarelo e azul.


· Saturação: Este parâmetro também varia entre os 0% e os 100%. É a componente que determina a pureza da cor, assim, quanto mais perto do valor mais elevado mais cinzenta aparece a imagem, já pelo contrário, quanto mais perto do valor menos elevado mais pura é a imagem.


· Brilho: Este parâmetro varia entre os 0% e os 100% e define a luminosidade/brilho da cor. Desta forma a cor preta possui brilho 0.

Fig.5 - Representação do modelo HSV

Onde se aplica:
   Este modelo é utilizado intuitivamente pelos artistas, pois estes para atingirem as várias cores das suas pinturas combinam a tonalidade com elementos de brilho e saturação.



Modelo YUV
   Este modelo, ao contrário dos outros três, preocupa-se em contemplar uma propriedade da visão humana: a luminância, ou seja as mudanças de intensidade da luz. Assim, este modelo consegue ser mais rápido a transmitir componentes de cor, do que o RGB. Também tem uma característica bastante importante: consegue transmitir imagens a cores e a preto e branco separadamente, ou seja de forma independente, pois guarda a informação de luminância separada da informação de cor. O modelo YUV foi criado graças ao desenvolvimento da transmissão de sinais de cor de televisão. 

Onde se aplica:
   Este sistema é utilizado e adequado às televisões a cores, pois consegue enviar a informação de forma independente, como já foi referido anteriormente. Também é muito utilizado para sinais de vídeo, pois permite uma boa compressão dos dados, pois consegue retirar aguma informação sem se perder qualidade de imagem. Este modelo e utilizado pelas televisões europeias com o sistema PAL, o francês SECAM e na compressão dos formatos JPEG e MPEG.


Fig.6 - Aplicações do modelo YUV




Referências:

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